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Tensão Global e Impasse Interno Elevam Dólar a R$ 5,48

O dólar sobe para R$ 5,48 impulsionado por incertezas geopolíticas, como a guerra na Ucrânia, e pelo impasse comercial entre Brasil e EUA. Acompanhe a análise completa e as cotações.

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Dólar Acima de R$ 5,45: Entenda os Fatores por Trás da Alta e o Impacto no Cenário Econômico

O mercado de câmbio brasileiro amanheceu em alta, com o dólar à vista operando acima de R$ 5,45 na manhã desta terça-feira. A alta de 0,86% na cotação, que chegou a R$ 5,482 na venda, reflete um coquetel de incertezas que pairam sobre os mercados globais e a cena doméstica. Investidores reagem a uma combinação de tensões geopolíticas, especialmente a guerra na Ucrânia, e a um impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos, ao mesmo tempo em que aguardam por eventos econômicos de peso.

O Cenário Geopolítico e as Tentações de Trump

Nas últimas sessões, as atenções do mercado estiveram focadas nas tentativas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de mediar a guerra na Ucrânia. Suas reuniões com os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Volodymyr Zelenskiy, da Ucrânia, trouxeram expectativas, mas a falta de um acordo de paz concreto gerou pessimismo nos mercados globais.

A percepção de que Trump estaria adotando uma abordagem semelhante à de Putin, ao defender que a negociação pode ocorrer sem um cessar-fogo prévio, adiciona um elemento de incerteza. Embora Trump reitere a necessidade de garantias de segurança para a Ucrânia, o ceticismo dos investidores com a falta de progresso real em direção a um acordo de paz duradouro pesa sobre os ativos de risco, como o real brasileiro. A volatilidade gerada por essas discussões é um dos principais motores para a busca por moedas mais seguras, como o dólar.

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A Reunião de Lula e a Tensão Doméstica

Além dos fatores externos, o mercado doméstico também contribui para a pressão de alta do dólar. Os investidores estão de olho em uma reunião crucial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros e presidentes de bancos estatais e do Banco Central. A agenda e as possíveis diretrizes discutidas nesse encontro podem influenciar as expectativas sobre a política econômica e fiscal do governo, afetando a confiança dos investidores e, consequentemente, a cotação da moeda americana.

Paralelamente, o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos é outro ponto de preocupação. O governo brasileiro tenta negociar a tarifa de 50% imposta por Washington sobre diversos produtos brasileiros. A situação se complicou após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarar que os EUA impuseram uma solução "constitucionalmente impossível" para o Brasil. A falta de canais de diálogo efetivos e a retórica protecionista de Trump, que vinculou a imposição da tarifa à situação jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro, criam um ambiente de incerteza que afasta o capital estrangeiro.

Simpósio de Jackson Hole: O Fator Fed

Outro evento que mantém os investidores em alerta é o simpósio anual de Jackson Hole, do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. A expectativa é grande para o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, na próxima sexta-feira. Atualmente, o mercado precifica com alta probabilidade um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros americana em setembro.

No entanto, um discurso mais "agressivo" de Powell no combate à inflação — que parece estar sendo afetada pelas tarifas de Trump — poderia impactar essas projeções. Qualquer sinal de que o Fed adiará os cortes de juros tende a fortalecer o dólar globalmente, pois juros mais altos nos EUA atraem capital.

 

As Cotações do Dia e o Papel do Banco Central

Na cotação de hoje, às 10h29, o dólar à vista subia 0,86%, alcançando R$ 5,482 na venda. O dólar comercial de compra estava em R$ 5,481, e o de venda, em R$ 5,482. O dólar turismo, por sua vez, registrava compra de R$ 5,485 e venda de R$ 5,665, refletindo o custo maior para pessoas físicas.

Para atenuar a pressão sobre o real, o Banco Central (BC) anunciou um leilão de até 35.000 contratos de swap cambial tradicional para rolar o vencimento de 1º de setembro de 2025. Essa é uma medida comum do BC para gerenciar a liquidez e evitar uma valorização excessiva do dólar.

A alta do dólar é um sintoma da cautela e do pessimismo que dominam o mercado. O analista Matheus Spiess, da Empiricus, resumiu a situação: “Temos o distanciamento de uma solução para o conflito entre Brasil e EUA, com caminhos ainda difíceis de negociação. Diante da falta de sinais, é natural que tenha um movimento contido no mercado”.

Confira as cotações de fechamento na segunda-feira:

  • Dólar à vista: alta de 0,66%, a R$ 5,4352

  • Contrato de dólar futuro (primeiro vencimento): queda de 0,06%, a R$ 5,455

O cenário é de monitoramento constante, com os investidores de olho em cada passo dos líderes globais e nas decisões de política monetária para tentar prever os próximos movimentos da moeda americana.

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