Santa Catarina caminha para consolidar sua posição estratégica na logística nacional com o anúncio da construção de um novo porto privado em Itapoá, no Norte do estado. A obra será realizada pela Coamo, maior cooperativa agrícola do Brasil, e representa um investimento de R$ 3 bilhões. Com previsão de início das operações em 2030, o empreendimento deve movimentar milhões de toneladas de produtos por ano e gerar milhares de empregos, fortalecendo ainda mais a economia catarinense.
Um investimento estratégico para o agronegócio
A Coamo, que já opera no Porto de Paranaguá (PR), enfrenta gargalos logísticos devido às filas para o escoamento de grãos como soja, milho e trigo. A escolha por Itapoá surge como solução para reduzir esses atrasos e otimizar o transporte. O novo porto terá capacidade para receber três navios simultaneamente e movimentar cerca de 11 milhões de toneladas de produtos anualmente, incluindo granéis, GLP, combustíveis líquidos e fertilizantes.
Infraestrutura planejada e geração de empregos
O projeto ocupará uma área de 43 hectares e promete transformar a região. Durante a fase de obras, que deve começar em 2027, serão contratados cerca de 2 mil trabalhadores. Após a conclusão, prevista para 2030, a operação do porto deverá gerar aproximadamente 1 mil empregos permanentes. Esses números reforçam o impacto positivo que o empreendimento terá na economia local e estadual.
Santa Catarina no mapa logístico do Brasil
Atualmente, o estado conta com sete portos em operação: Itajaí, Laguna, São Francisco do Sul, Navegantes, Itapoá, Imbituba e o Terminal Graneleiro de São Francisco do Sul. Com a chegada do novo porto da Coamo, Santa Catarina passará a ter oito estruturas portuárias, consolidando-se como um dos principais eixos logísticos do país. A Baía da Babitonga, localizada próxima à região, foi um fator determinante na escolha do local, somado às obras de duplicação das rodovias SC-416 e SC-417, que facilitarão o acesso e escoamento da produção.
Impactos econômicos e competitividade
Segundo a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), o novo porto será um marco para o setor produtivo, aumentando a competitividade das empresas locais e atraindo investimentos. Além disso, permitirá maior diversificação de cargas, reduzindo a dependência de outros portos e ampliando a capacidade de exportação de grãos e insumos agrícolas. Especialistas apontam que o empreendimento também poderá estimular o desenvolvimento de novas cadeias produtivas no Norte do estado.
Desafios e expectativas até 2030
Apesar do otimismo, o projeto ainda precisa vencer etapas burocráticas e ambientais. Atualmente, está em fase de licenciamento, e as obras só devem começar em 2027. A expectativa é de que, até 2030, toda a estrutura esteja concluída e pronta para operação. O desafio, até lá, será garantir que os prazos sejam cumpridos e que as obras avancem de forma sustentável, respeitando o equilíbrio ambiental da Baía da Babitonga.
Conclusão
A construção do oitavo porto em Santa Catarina representa um avanço significativo na infraestrutura logística brasileira. Com investimentos bilionários, geração de empregos e maior capacidade de exportação, o estado se consolida como referência no setor portuário. Para os catarinenses, o projeto simboliza não apenas progresso econômico, mas também novas oportunidades de desenvolvimento regional e social.
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