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SC intensifica limpeza de pátios com operação que retira 2.400 sucatas e combate à dengue

Operação Limpa Pátios avança em Santa Catarina com a remoção e reciclagem de milhares de veículos sucateados que estavam abandonados há décadas, combatendo focos de dengue e liberando espaços públicos.

SC intensifica limpeza de pátios com operação que retira 2.400 sucatas e combate à dengue
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O Governo de Santa Catarina deu início à segunda etapa da Operação Limpa Pátios, uma iniciativa que vem transformando paisagens urbanas e prevenindo graves problemas de saúde pública. Lançada oficialmente nesta terça-feira (15), a nova fase da operação prevê o amassamento de 2.400 sucatas de veículos, somando cerca de 1,5 mil toneladas de ferro, espalhadas por diversos municípios catarinenses.

Além de liberar espaços públicos ocupados há décadas, a operação também tem como foco a eliminação de potenciais criadouros do mosquito da dengue. A ação é conduzida em parceria com a Polícia Civil, a Casa Civil, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran/SC) e conta com o apoio do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que contribui para agilizar os processos judiciais relacionados aos veículos abandonados.

O que é a Operação Limpa Pátios?

Criada para resolver um problema crônico enfrentado por municípios catarinenses, a Operação Limpa Pátios tem como objetivo a remoção de veículos em estado de abandono que ocupam pátios do Detran, da Polícia Civil e de empresas conveniadas em todo o estado.

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A primeira fase da operação, realizada em 2023, resultou no amassamento de mais de 30 mil veículos distribuídos por 54 cidades de Santa Catarina. Muitos desses veículos estavam parados há décadas, acumulando água da chuva, servindo de esconderijo para pragas urbanas e ocupando valiosos espaços públicos.

Com o sucesso da primeira etapa, o governo estadual avançou com a segunda fase da operação, que começou pelo pátio da Polícia Civil em São José, na Grande Florianópolis, onde 200 veículos começaram a ser processados para reciclagem.

Início da segunda fase: máquinas em ação

A abertura da segunda fase foi marcada por um ato simbólico, com a presença do governador Jorginho Mello, do presidente do Detran/SC, Ricardo Miranda Aversa, do secretário da Casa Civil, Kennedy Nunes, e do delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel. O grupo acompanhou o acionamento das primeiras máquinas que deram início ao esmagamento das sucatas no bairro Areias, em São José.

A operação está sendo viabilizada graças a um leilão prévio de veículos ferrosos realizado em seis regiões do estado, que permitiu destravar entraves burocráticos e viabilizar a destinação correta das sucatas arrematadas.

Sucatas: o que são e por que precisam ser recicladas?

Os chamados veículos “ferrosos” são aqueles que não podem mais circular nem ter peças reaproveitadas. Trata-se de automóveis, motos e caminhões que sofreram acidentes severos, ficaram muito tempo expostos à ação do tempo ou foram danificados de maneira irreversível.

Esses veículos representam um risco ambiental considerável. O acúmulo de água da chuva em suas carrocerias cria ambientes ideais para a proliferação do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Além disso, o vazamento de fluidos como óleo, gasolina e fluido de freio pode contaminar o solo e lençóis freáticos.

Ao serem recolhidos e amassados, os veículos têm seus metais destinados à reciclagem, um processo que permite o reaproveitamento de matérias-primas sem danos ao meio ambiente.

Impactos positivos para a saúde pública

A operação tem um efeito direto na saúde da população catarinense. A limpeza dos pátios representa um avanço no combate aos focos de proliferação do mosquito da dengue, especialmente num momento em que o Brasil enfrenta uma das maiores epidemias da doença.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o estado de Santa Catarina registrou aumento nos casos de dengue nos últimos anos, com a elevação das temperaturas e o aumento das chuvas, o que favorece a multiplicação do vetor. Eliminar focos do mosquito em ambientes urbanos tornou-se uma prioridade.

“O programa tem um impacto direto na saúde pública. A retirada desses veículos significa também a eliminação de criadouros do mosquito da dengue, o que já tem refletido positivamente nos números da doença”, explicou o governador Jorginho Mello.

Parcerias e logística da operação

A operação envolve uma logística complexa, que inclui leilões, decisões judiciais, transportes e processamento industrial dos veículos. A iniciativa é fruto de uma colaboração entre o Detran/SC, a Polícia Civil, a Casa Civil e a Associação de Pátios de Veículos Apreendidos e Reboques do Estado.

O apoio do Tribunal de Justiça de Santa Catarina tem sido fundamental para destravar processos antigos, muitos dos quais impediam legalmente a remoção das sucatas. Com decisões ágeis e integração entre as instituições, a operação ganhou ritmo e eficiência.

“Alguns veículos estavam há mais de 30 anos parados nos pátios. Hoje, conseguimos avançar porque há um esforço conjunto para dar o destino correto a essas sucatas. Isso representa uma vitória da gestão pública eficiente”, comentou Ricardo Miranda Aversa, presidente do Detran/SC.

O que acontece com os veículos após o amassamento?

Os veículos amassados são enviados para centros especializados de reciclagem, onde passam por processos que separam os metais e demais componentes recicláveis. Materiais como aço, alumínio, cobre e plásticos duros podem ser reaproveitados na indústria, retornando ao ciclo produtivo de forma sustentável.

Além do impacto ambiental positivo, a reciclagem desses materiais movimenta a economia circular, gera empregos e reduz a necessidade de extração de novas matérias-primas.

Benefícios ambientais e urbanos

A remoção dos veículos abandonados não apenas beneficia a saúde pública, mas também contribui para o ordenamento urbano. Pátios lotados dificultam o trabalho de policiais e funcionários públicos, além de comprometerem a estética e a funcionalidade de áreas que poderiam estar sendo melhor aproveitadas.

Com a limpeza, essas áreas podem ser requalificadas, transformadas em estacionamentos organizados, áreas verdes, espaços de convivência ou centros logísticos. A operação também contribui para melhorar a imagem das cidades catarinenses e aumentar a sensação de segurança.

Como a população pode contribuir

A população pode ajudar identificando veículos abandonados nas ruas ou em terrenos baldios. Qualquer cidadão pode denunciar situações de risco ambiental ou sanitário aos órgãos competentes, como prefeituras, polícias locais e o próprio Detran. Além disso, é importante evitar o descarte irregular de veículos ou partes automotivas.

Pessoas físicas ou jurídicas que tenham veículos em estado de sucata também podem entrar em contato com os pátios conveniados ou participar de leilões promovidos pelo Detran, evitando o acúmulo e o abandono de automóveis sem utilidade.

Previsão para as próximas etapas

A segunda fase da operação está apenas começando. Após São José, outros municípios catarinenses receberão ações semelhantes ao longo dos próximos meses. A meta do governo é remover 2.400 veículos somente nesta etapa, com previsão de continuidade nos anos seguintes até que todos os pátios estejam regularizados.

Segundo o Detran, novas regiões já estão sendo mapeadas para a execução das ações, especialmente em áreas com histórico de alta infestação de Aedes aegypti e grande número de veículos apreendidos.

A Operação Limpa Pátios é um exemplo claro de como ações integradas entre diferentes esferas do poder público podem gerar resultados práticos e visíveis para a população. Ao retirar milhares de veículos abandonados dos pátios, o Governo de Santa Catarina não apenas está liberando espaço e promovendo a reciclagem sustentável, mas também contribuindo ativamente para o combate à dengue e outras doenças urbanas.

Com a união entre gestão eficiente, cooperação institucional e preocupação com o meio ambiente e a saúde, o estado mostra que é possível transformar problemas antigos em soluções inteligentes e duradouras. A expectativa é de que a operação continue a avançar, servindo de exemplo para outros estados brasileiros.

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