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Guerra comercial entre China e EUA se intensifica com tarifas de 34%; mercados globais entram em colapso

China responde a Trump com tarifas de 34% sobre produtos dos EUA e acende alerta nos mercados sobre guerra comercial global.

Guerra comercial entre China e EUA se intensifica com tarifas de 34%; mercados globais entram em colapso
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O mundo financeiro acordou em alerta máximo nesta sexta-feira (4), após o governo da China anunciar oficialmente a imposição de tarifas de 34% sobre todos os produtos importados dos Estados Unidos. A medida é uma resposta direta às tarifas previamente decretadas pelo ex-presidente Donald Trump no início da semana, reacendendo a tensão entre as duas maiores economias do planeta. Em meio à escalada do conflito comercial, bolsas de valores em todo o mundo registraram quedas acentuadas, refletindo o temor de investidores quanto ao impacto econômico de uma guerra comercial prolongada.

A retaliação de Pequim não veio apenas com impostos sobre produtos: o governo chinês também comunicou que vai restringir as exportações de terras raras para os Estados Unidos, insumo vital para setores estratégicos da indústria norte-americana, como eletrônicos, defesa e tecnologia verde. O novo cenário colocou os mercados em uma espiral de instabilidade, com perdas superiores a 6% nas bolsas europeias e baixas generalizadas na Ásia.

Neste artigo, você entenderá os principais desdobramentos dessa disputa, o impacto direto sobre os mercados e as consequências globais que a guerra comercial pode trazer nos próximos meses.

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O estopim

Tudo começou na quarta-feira (2), quando Donald Trump, em uma medida agressiva para "proteger a indústria americana", anunciou um pacote de tarifas sobre importações de diversos países — incluindo parceiros históricos, como Japão, Coreia do Sul e Reino Unido. A China foi uma das mais atingidas, com a imposição de tarifas de 34% sobre seus produtos exportados aos Estados Unidos.

Dois dias depois, veio a resposta: em pronunciamento oficial, o ministro das Finanças da China confirmou que, a partir de 10 de abril, todos os produtos norte-americanos entrarão no país com a mesma alíquota tarifária de 34%. A medida foi anunciada como uma "ação de defesa legítima contra práticas comerciais hostis", e tem como objetivo pressionar Washington a recuar de sua postura agressiva.

A resposta chinesa e o impacto nas commodities

A retaliação da China, além de simétrica em termos de percentual, teve um efeito mais amplo ao atingir setores estratégicos da economia dos EUA. Pequim incluiu na lista de tarifas produtos agrícolas, equipamentos industriais e bens de consumo duráveis.

A cereja do bolo, porém, foi a decisão de limitar a exportação de terras raras aos EUA — insumo que, embora pouco conhecido do público geral, é fundamental para a produção de smartphones, carros elétricos, turbinas eólicas e até armamentos de alta tecnologia. A China detém mais de 60% da produção global desses materiais, e seu controle sobre o fornecimento pode gerar uma crise de abastecimento com repercussões globais.

Mercados em queda: o medo da guerra comercial ganha força

Europa: perdas generalizadas

Logo nas primeiras horas da manhã (horário de Brasília), os principais índices europeus já operavam em queda expressiva. A seguir, os números registrados por volta das 08h30:

  • 🇩🇪 DAX (Alemanha): -5,54%

  • 🇫🇷 CAC 40 (França): -4,66%

  • 🇮🇹 FTSE MIB (Itália): -7,64%

  • 🇪🇸 IBEX 35 (Espanha): -6,53%

  • 🇳🇱 AEX (Holanda): -4,14%

Fora da União Europeia, o FTSE 100 do Reino Unido registrou queda de 4,27%, enquanto o SMI da Suíça despencou 5,60%, impactado diretamente pelas tarifas impostas por Trump sobre o país europeu.

Ásia: mercados despencam após a retaliação chinesa

As bolsas asiáticas encerraram o pregão com perdas generalizadas:

  • 🇭🇰 Hang Seng (Hong Kong): -1,52%

  • 🇯🇵 Nikkei 225 (Japão): -2,80%

  • 🇰🇷 Kospi (Coreia do Sul): -0,86%

  • 🇹🇭 SET (Tailândia): -3,15%

  • 🇮🇳 Nifty 50 (Índia): -1,49%

O movimento de vendas foi impulsionado pelo temor de que a guerra comercial reduza a demanda por bens e serviços, desacelere a economia global e leve a um novo ciclo recessivo.

As reações de outros países e o risco de um efeito dominó

A atitude dos Estados Unidos provocou não apenas a retaliação da China, mas também uma reação em cadeia em outras economias. Vietnã, Bangladesh e Tailândia, por exemplo, foram alvos de tarifas ainda mais elevadas por parte do governo Trump — 46%, 37% e 36%, respectivamente. Japão e Coreia do Sul também foram atingidos, com taxas de 25% e 24%.

Com isso, cresce o temor de que outras nações também respondam com medidas protecionistas, gerando um efeito dominó capaz de travar o comércio internacional.

A inflação como efeito colateral

Economistas alertam que, com a imposição de tarifas mútuas, os preços de produtos importados tendem a subir, pressionando a inflação global. Para países que dependem fortemente de insumos estrangeiros — como boa parte da Europa e da Ásia — o aumento no custo de importações pode ser sentido rapidamente pela população.

A inflação, somada à desaceleração da atividade industrial e à queda do consumo, pode desencadear uma crise econômica em escala global. Bancos centrais, que já enfrentam o desafio de manter juros em níveis controlados, terão de lidar com mais um fator de instabilidade.

Terras raras: o trunfo chinês na disputa

A restrição de exportação de terras raras representa uma jogada estratégica por parte da China. Esses minerais são essenciais para setores como:

  • Tecnologia: produção de chips, smartphones, baterias e painéis solares.

  • Defesa: fabricação de caças, mísseis, radares e equipamentos de comunicação militar.

  • Energia limpa: turbinas eólicas, carros elétricos e outras soluções sustentáveis.

Com a medida, os EUA podem enfrentar gargalos críticos na cadeia produtiva, elevando os custos e reduzindo sua competitividade global. O país, embora tenha reservas próprias, depende da China para o refino desses materiais — um processo complexo e de alto custo.

Impacto sobre empresas e consumidores

As consequências da guerra comercial já são visíveis para empresas multinacionais. Gigantes como Apple, Boeing, General Motors e Walmart expressaram preocupação com os impactos nas cadeias de suprimentos e nos custos operacionais.

Para os consumidores, o reflexo virá em forma de produtos mais caros, menos oferta e, possivelmente, demissões em setores afetados.

O que dizem os analistas de mercado

Especialistas em economia internacional são quase unânimes em apontar os riscos dessa escalada. Para muitos, a guerra comercial entre China e Estados Unidos não é mais apenas uma disputa pontual, mas um sintoma de uma transição global na ordem econômica — com a China buscando reduzir sua dependência dos EUA e fortalecer seu papel como potência dominante.

Segundo o economista Thomas Reed, da London School of Economics:

“Estamos vendo o início de uma nova era de bipolaridade econômica, com consequências imprevisíveis para o comércio, a diplomacia e os fluxos financeiros globais.”

Perspectivas e possíveis cenários

Há três possíveis cenários no horizonte:

  1. Conciliação diplomática: sob pressão dos mercados e do setor produtivo, EUA e China recuam das medidas e retomam negociações.

  2. Guerra comercial prolongada: tarifas e retaliações se intensificam, com impacto severo na economia global.

  3. Realinhamento econômico global: países buscam novos parceiros comerciais e fortalecem acordos bilaterais para reduzir dependência das potências envolvidas.

A guerra comercial entre China e Estados Unidos entrou em um novo patamar com a imposição mútua de tarifas de 34%. A reação em cadeia nos mercados globais revela o quanto o sistema econômico internacional está interconectado — e vulnerável.

Mais do que uma disputa entre duas nações, o cenário atual é um alerta para o mundo: decisões unilaterais, protecionismo excessivo e ausência de diálogo diplomático podem desencadear crises com consequências duradouras.

Enquanto investidores monitoram ansiosamente os próximos movimentos de Washington e Pequim, uma coisa é certa: os impactos já estão sendo sentidos — e não há garantias de que o pior já passou.

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