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Extremistas muçulmanos invadem igreja e matam cinco cristãos durante estudo bíblico na Nigéria

Grupo armado ataca igreja evangélica na Nigéria durante estudo bíblico, mata cinco cristãos e reacende alerta global sobre a grave perseguição religiosa no país africano.

Extremistas muçulmanos invadem igreja e matam cinco cristãos durante estudo bíblico na Nigéria
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A perseguição religiosa contra cristãos na Nigéria voltou a ocupar os noticiários internacionais após um ataque brutal ocorrido no estado de Kaduna, no centro-norte do país africano. Cinco cristãos foram mortos e outros ficaram feridos enquanto participavam de um estudo bíblico em uma igreja evangélica. O atentado foi atribuído a extremistas muçulmanos da etnia Fulani — um grupo recorrente em ataques contra comunidades cristãs na região. Este episódio é mais um retrato do clima de terror vivido por milhões de cristãos nigerianos, que enfrentam perseguições sistemáticas, deslocamento forçado e massacres cada vez mais frequentes.

O ataque: violência durante culto pacífico

Na tarde de sexta-feira, 11 de julho, por volta das 15h30, um grupo de homens armados invadiu a Igreja Evangélica da África Ocidental (ECWA), localizada na região de Kajuru, no estado de Kaduna. No momento do ataque, fiéis participavam de um estudo bíblico — prática comum entre comunidades cristãs locais. Sem aviso, os invasores abriram fogo, resultando na morte de cinco pessoas e ferimentos graves em pelo menos outras três.

As vítimas fatais foram identificadas por um morador local, Philip Adams, enquanto os feridos — Samuel Aliyu, Philip Dominic e Jacob Hussaini — seguem internados, com quadros estáveis, porém sob constante risco, dada a precariedade dos sistemas de saúde em áreas rurais da Nigéria.

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Medo constante e comunidades sob terror

Para os moradores do sul de Kaduna, especialmente das comunidades agrícolas do Conselho Local de Kajuru e Kachia, o medo já faz parte do cotidiano. Segundo relatos ao veículo Morning Star News, os ataques se tornaram frequentes, muitas vezes ignorados ou minimizados pelas autoridades locais. Nos últimos seis meses, estima-se que mais de 110 pessoas tenham sido sequestradas apenas nessa região.

— “Vivemos com medo todos os dias. Não podemos dormir em nossas casas e não temos segurança para ir às nossas fazendas”, afirmou Happiness Daniel, morador local.

O perfil dos agressores: quem são os pastores Fulani?

A etnia Fulani é composta em sua maioria por nômades muçulmanos tradicionalmente envolvidos com pastoreio. Embora muitos Fulani vivam pacificamente em várias partes da África, uma fração radicalizada do grupo passou a integrar milícias armadas que atacam comunidades cristãs em áreas de conflito territorial e religioso.

Esses extremistas justificam suas ações com motivações religiosas e territoriais, mas, segundo especialistas, há também interesses políticos e econômicos envolvidos, como disputas por terras férteis e a imposição do islamismo radical em regiões tradicionalmente cristãs.

Um país dividido entre fé e sobrevivência

A Nigéria é um país de contrastes profundos: enquanto o Norte é predominantemente muçulmano, o Sul abriga a maior parte da população cristã. Essa divisão, intensificada por décadas de instabilidade política e ausência de segurança, alimenta confrontos que frequentemente culminam em massacres religiosos.

A região central do país, conhecida como Cinturão Médio, tornou-se um ponto crítico, sendo a zona de intersecção dessas duas realidades. Estados como Kaduna, Benue e Plateau são palco constante de ataques violentos — com os cristãos figurando entre os principais alvos.

Relatórios internacionais denunciam descaso

Organizações internacionais de defesa da liberdade religiosa têm alertado insistentemente sobre a situação da Nigéria. Em março de 2024, a Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF) voltou a recomendar que o país seja designado como “País de Preocupação Particular” (CPC) — classificação dada a nações com graves violações à liberdade de crença.

Essa recomendação, feita anteriormente durante o governo Trump, havia sido atendida em 2020, mas revogada um ano depois pelo presidente Joe Biden, o que gerou duras críticas por parte de líderes religiosos, parlamentares americanos e ONGs de direitos humanos.

Segundo o relatório da USCIRF, “o governo da Nigéria continua falhando em responder de forma eficaz à violência de grupos extremistas, permitindo que ataques contra cristãos ocorram impunemente”.

A dimensão dos massacres cristãos

Dados recentes revelam a dimensão da tragédia. De acordo com a organização cristã Portas Abertas, a Nigéria ocupa a 7ª posição na Lista Mundial da Perseguição de 2024. Mais de 5.500 cristãos foram mortos por sua fé em 2022 — e 90% dessas mortes ocorreram na Nigéria.

A diretora de comunicação da Alliance Defending Freedom International (ADF), Megan Meador, declarou em 2023:
— “Há mais mártires cristãos na Nigéria do que em qualquer outro lugar do planeta”.

O relatório da Portas Abertas destaca ainda que a violência, antes restrita ao norte muçulmano do país, agora se espalha para o Cinturão Médio e ameaça alcançar até regiões ao sul, tradicionalmente mais pacíficas.

Mulheres sequestradas e abusadas

Outro aspecto alarmante da violência é o destino reservado às mulheres cristãs. Além dos assassinatos, há um número crescente de sequestros e estupros de mulheres e meninas. Os agressores frequentemente mantêm as vítimas em cativeiro, forçando-as a conversões e casamentos com extremistas.

Em muitos casos, famílias inteiras desaparecem e aldeias são abandonadas por medo de novos ataques. Esse ciclo de violência gera um êxodo interno de milhares de cristãos que vivem em campos de refugiados improvisados, sem infraestrutura e com pouca ou nenhuma ajuda estatal.

Apelo de especialistas e líderes religiosos

Durante audiência na Subcomissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos EUA, em março, Nina Shea, diretora do Centro de Liberdade Religiosa do Instituto Hudson, fez um apelo enfático ao governo americano:
— “A Nigéria deve voltar a ser reconhecida como País de Preocupação Particular. Milhares de cristãos estão sendo mortos, expulsos e estuprados em sua própria terra”.

Ela destacou que o Cinturão Médio é o coração agrícola da Nigéria e que o colapso dessas comunidades poderá levar a uma grave crise humanitária, com fome em massa e desestruturação das cadeias produtivas alimentares do país.

O silêncio das autoridades nigerianas

O governo nigeriano, liderado atualmente por Bola Tinubu, tem sido amplamente criticado por sua omissão diante dos ataques. Embora promessas de ações firmes sejam feitas após cada atentado, na prática pouco é feito para proteger os cristãos e punir os agressores.

Muitas vezes, investigações não são concluídas e os responsáveis pelos massacres permanecem impunes. Essa falta de responsabilização gera um ciclo de insegurança e fortalece ainda mais os grupos radicais armados.

O massacre ocorrido na Igreja ECWA é mais um episódio de uma tragédia silenciosa e contínua: a perseguição brutal contra cristãos na Nigéria. O país, que abriga uma das maiores populações cristãs da África, tornou-se também o local mais letal para os seguidores de Jesus.

Enquanto organizações internacionais pedem ações efetivas, e vítimas clamam por justiça, a Nigéria continua dividida entre a fé e o medo. Resta saber se a comunidade internacional — e o próprio governo nigeriano — tomarão medidas concretas antes que a intolerância religiosa destrua por completo as esperanças de paz e coexistência no país.

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