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Acidente de Trabalho em Maravilha: Queda de 8 Metros Reacende Alerta sobre Segurança no Ambiente Laboral

Trabalhador sofre queda de 8 metros em Maravilha e levanta discussões sobre riscos ocupacionais e normas de segurança.

Acidente de Trabalho em Maravilha: Queda de 8 Metros Reacende Alerta sobre Segurança no Ambiente Laboral
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Um grave acidente de trabalho registrado na cidade de Maravilha, em Santa Catarina, reacendeu um debate essencial sobre a segurança no ambiente profissional. Um trabalhador de 40 anos sofreu uma queda de aproximadamente oito metros de altura após a escada que utilizava se romper durante a execução de uma tarefa em uma empresa situada às margens da BR-282. O episódio, ocorrido na última sexta-feira, dia 11, mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e resultou no encaminhamento urgente da vítima ao Hospital São José, com suspeitas de lesões graves.

Este tipo de ocorrência, infelizmente, ainda é comum em muitos segmentos da economia brasileira e revela falhas na prevenção e na observância das normas regulamentadoras que visam garantir a integridade física dos trabalhadores. Neste artigo, vamos entender o que aconteceu, explorar os aspectos legais e técnicos envolvidos, discutir a responsabilidade da empresa e apresentar boas práticas para evitar situações semelhantes no futuro.

O Acidente: Uma Queda Evitável

Detalhes da Ocorrência

Por volta das 14h26 da tarde, os bombeiros foram acionados para prestar socorro a um trabalhador acidentado em uma empresa localizada na BR-282. De acordo com o relatório oficial da corporação, o homem utilizava uma escada de alumínio quando esta cedeu, provocando a queda de uma altura estimada de oito metros — o equivalente a um prédio de dois andares.

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Apesar de estar consciente no momento do resgate, a vítima apresentava sinais alarmantes: escoriações faciais, hipertensão arterial, taquicardia, dificuldade respiratória e sinais clínicos de possíveis fraturas na clavícula e na coluna vertebral, além de suspeita de hemorragia interna. Após ser estabilizado pela equipe de resgate e devidamente imobilizado em uma maca rígida, o homem foi encaminhado ao Hospital São José para avaliação e tratamento médico especializado.

O Que Diz a Legislação?

Normas Regulamentadoras (NRs) e Equipamentos de Proteção

A legislação brasileira é clara em relação à proteção do trabalhador, especialmente em atividades com risco de queda. A Norma Regulamentadora NR-35, por exemplo, estabelece requisitos mínimos para o trabalho em altura, definidos como qualquer atividade executada acima de dois metros do nível inferior, onde haja risco de queda.

Segundo essa norma, é obrigação do empregador:

  • Fornecer equipamentos adequados e em boas condições de uso;

  • Oferecer treinamento específico sobre trabalho em altura;

  • Garantir a supervisão das atividades de risco;

  • Implantar medidas de proteção coletiva (como linhas de vida, plataformas ou andaimes);

  • Adotar um plano de emergência para resgate.

No caso relatado, a quebra da escada indica uma falha estrutural ou uso inadequado do equipamento, o que pode configurar negligência quanto ao cumprimento da NR-35. A escada de alumínio, embora comum em ambientes industriais, deve passar por inspeções periódicas e ser utilizada apenas dentro dos limites de segurança recomendados pelo fabricante.

Responsabilidade da Empresa

Quem Responde Pelo Acidente?

Em situações como essa, cabe uma análise detalhada sobre a responsabilidade civil e trabalhista da empresa. Se for comprovado que o equipamento fornecido estava danificado, mal conservado ou inadequado para a tarefa em questão, a empresa poderá ser responsabilizada por omissão ou negligência.

Além das implicações legais, a empresa pode enfrentar:

  • Processos trabalhistas com pedidos de indenização por danos físicos e morais;

  • Multas administrativas aplicadas pelo Ministério do Trabalho;

  • Investigação criminal em caso de agravamento do quadro clínico ou morte.

É importante destacar que o trabalhador tem direito à estabilidade provisória no emprego em caso de acidente de trabalho, além do recebimento de benefícios do INSS, como o auxílio-doença acidentário.

A Situação da Segurança no Brasil

Dados Alarmantes

O Brasil ainda ocupa um dos primeiros lugares no ranking mundial de acidentes de trabalho. Segundo dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, mais de 600 mil acidentes laborais são registrados por ano no país, com milhares de mortes e incapacitações permanentes.

As principais causas são:

  • Quedas de altura;

  • Falta de uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual);

  • Má conservação de ferramentas e estruturas;

  • Treinamento inadequado;

  • Falta de fiscalização.

Esses dados revelam que grande parte dos acidentes é evitável, o que reforça a necessidade de investir continuamente em cultura de segurança.

A Importância da Prevenção

Medidas Que Salvam Vidas

Prevenir é mais barato — e humano — do que remediar. Empresas de todos os portes precisam encarar a segurança como parte estratégica do negócio. Investir em prevenção de acidentes gera benefícios como:

  • Redução de afastamentos e custos com indenizações;

  • Maior produtividade;

  • Clima organizacional mais saudável;

  • Cumprimento das leis e regulamentações;

  • Proteção da imagem da empresa.

Entre as ações preventivas mais eficazes estão:

  • Manutenção periódica de escadas, andaimes e plataformas;

  • Fiscalização contínua do uso correto de EPIs;

  • Treinamentos regulares com simulações práticas;

  • Desenvolvimento de um plano de emergência e resposta rápida;

  • Estímulo à comunicação entre líderes e trabalhadores para relatar riscos.

Depoimentos e Reflexões

O Outro Lado da Notícia

Conversamos com técnicos de segurança, médicos e profissionais da área jurídica para entender melhor os impactos de acidentes como esse. Um técnico de segurança, que preferiu não se identificar, afirmou:

“Escadas de alumínio são muito práticas, mas precisam de uma inspeção criteriosa antes de cada uso. Muitas vezes, na correria, isso é negligenciado.”

Já a fisioterapeuta hospitalar Ana Paula Lima comentou sobre o risco de sequelas permanentes:

“Quedas de grandes alturas podem causar danos irreversíveis. Mesmo quando a vítima sobrevive, os tratamentos são longos, caros e dolorosos.”

E o advogado trabalhista Rafael Silveira completa:

“Casos como esse devem servir de alerta não apenas para a empresa envolvida, mas para todo o setor industrial. A segurança não pode ser tratada como um custo, e sim como investimento.”

 

A queda do trabalhador em Maravilha é mais do que um acidente: é um reflexo de um problema estrutural na forma como a segurança no trabalho ainda é tratada em muitos ambientes corporativos. Felizmente, a vítima sobreviveu e recebeu atendimento médico adequado, mas o episódio poderia ter terminado de maneira trágica.

É preciso transformar esse tipo de ocorrência em aprendizado coletivo. Empresas, trabalhadores, gestores e órgãos fiscalizadores precisam assumir o compromisso conjunto de criar ambientes laborais mais seguros, humanos e sustentáveis. A integridade física e a vida de cada profissional devem estar sempre acima de qualquer produtividade.

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